Muitos estudos demonstram a grande relevância que a cadeia de suprimentos possui quando se tratam os temas associados ao ESG em empresas de construção.

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Relatório publicado em 2022 pela Standard & Poor’s (S&P) Financial Service evidencia bem temas como ‘Risco de Transição Climática’ e ‘Produtos e Serviços Sustentáveis’ como fatores mais materiais às partes interessadas do setor.
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O mapa de materialidade fornece uma ilustração, num determinado momento, das nossas conclusões sobre a materialidade relativa de determinados fatores ambientais e sociais (A&S), tanto do ponto de vista das partes interessadas como do crédito, para o setor. Não representa nenhuma nova abordagem analítica ao tratamento dos fatores ambientais e sociais em nossas classificações de crédito. Consulte nossos Critérios ESG para obter mais informações sobre como incorporamos o impacto dos fatores de crédito ESG em nossa análise de classificações de crédito. Fonte: S&P Global Ratings.

Ora, se estes são temas realmente relevantes, a pergunta que fica é: será que as construtoras e projetistas, principais responsáveis pela especificação de materiais e sistemas construtivos, estão levantando informações de cunho ambiental junto aos fornecedores?

"Apesar de termos percebido avanço no desenvolvimento de referenciais próprios e cadernos técnicos de especificações e compras, quando observado o universo de médias e grandes construtores e projetistas, ainda há um longo caminho a seguir."

A definição dos temas materiais é um primeiro passo, mas deve ser acompanhado da definição dos parâmetros que irão guiar o desenvolvimento de Key Performance Indicators (KPI) próprios da empresa. A máxima de que “só podemos gerenciar aquilo que é medido” nunca foi tão necessária quando falamos em atributos ambientais e sustentáveis que os fornecedores, e principalmente seus produtos podem ter.

Como medir a pegada de carbono de um edifício, se ainda não temos tantos dados precisos de fabricantes brasileiros dos materiais mais representativos (em massa e custo) de uma edificação?

Por que ainda não estamos cobrando e avaliando estas informações junto aos fornecedores?

A saber: o parque siderúrgico brasileiro é composto por 11 grupos empresariais que operam as 31 usinas existentes no Brasil (levantamento realizado pelo Instituto Aço Brasil em 2023),

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Uma vez que a Declaração Ambiental de Produto é o documento que melhor pode informar a engenheiros e construtoras o desempenho ambiental de um determinado produto, percebemos a completa falta de informação que há no Brasil.
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Neste sentido, os cursos da Academia de Sustentabilidade e de Planejamento e Gestão da UniCTE nos ajudam a compreender quais aspectos de sustentabilidade de fornecedores impactam diretamente o desempenho ambiental das construções e, consequentemente, das empresas responsáveis pela elaboração de projetos e pela construção em si.

Temas como eficiência energética, emissões de carbono, desempenho dos sistemas e produtos e a sua correlação com referenciais nacionais e internacionais de certificação verde poderão ser entendidos e dar base para a criação destes indicadores.

POR

Renato Rocha Salgado

Consultor Especialista em Sustentabilidade - CTE

Atua como Consultor Especialista no CTE - Centro de Tecnologia de Edificações, tendo mais de uma década de experiência e participado em mais de 200 projetos em busca de certificações greenbuilding como LEED, GBC Casa & Condomínio e GBC Life nas mais diversas tipologias de edificações, tais como casas, edifícios corporativos, edifícios residenciais, shoppings centers, estádios, datacenters e centros de pesquisa.